Nove empresas concorrem para a construção da refinaria do Soyo
O Ministério dos Recursos Minerais e Petróleos (Mirempet) seleccionou nesta sexta-feira, em Luanda, nove das 31 propostas submetidas por concorrentes ao concurso público para a construção da refinaria do Soyo.
O anúncio foi feito depois da abertura das propostas, do que saíram pré-seleccionadas as empresas e consórcios SDRC, Jiangsu Sinochem Construction, Co, Quantem Consortium, CMEC, AIDA E VSF, Tobaka Investiment Group, Atis Nebest - Angola, Satarem, Gemcorp Capital e CPP. O secretário de Estado para os Petróleos, José Barroso, que anunciou os resultados, revelou que todas propostas vêm com a uma capacidade de refinar 100 mil barris de petróleo por dia, com a excepção da SDRC, que tem uma capacidade que vai até 120 mil barris por dia (bpd).
As nove propostas avançam prazos de implementação que vai de 16 a 40 meses, períodos tão díspares como os tipos de refinaria apresentados pelo concorrentes, que são de conversão profunda, modular, uma unidade atmosférica, nano cracking, processamento convencional moderna e conversão total. Nos dias 5e 6 de Março será feita a análise das propostas e no dia 31 de Março de 2020 será conhecido o vencedor, anunciou o secretário de Estado.
O fim do prazo da submissão das propostas estava inicialmente previsto para 18 de Dezembro de 2019, mas foi estendido para a 30 de Janeiro, tendo em conta os pedidos de um número considerável de participantes. A construção da Refinaria do Soyo é parte de um programa que prevê, também, a edificação de instalações do género em Cabinda, com capacidade de processamento de 60 mil bpd, e no Lobito (200 mil bpd), além da reabilitação e modernização da de Luanda, que quadruplicará a sua capacidade de 300 para 1.200 toneladas por ano.
Apesar de ser o segundo maior produtor de petróleo da África Subsaariana, com uma média diária de 1,4 milhões de bpd, Angola importa 80 por cento dos derivados, de onde surge a aposta na construção de três novas refinarias e a ampliação da de Luanda.